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domingo, junho 12

NAMORO CRISTÃO

 Os sete hábitos de um namoro altamente defeituoso - PARTE I





"Os “sete hábitos de um namoro altamente defeituoso”, listados a seguir, são algumas dos “desvios” que os namoros costumam fazer. Talvez você possa se identificar com um ou dois destes hábitos. 


1. Intimidade sem compromisso



Jamie era uma caloura no ensino médio; seu namorado, Troy, estava no último ano. Troy era tudo que a Jamie sonhou em um rapaz, e por oito meses eram inseparáveis. Mas dois meses antes do Troy partir para a faculdade, ele abruptamente anunciou que não queria mais ver a Jamie.

Ele aproveitou a intimidade enquanto servia às suas necessidades, mas a rejeitou quando estava pronto para seguir adiante.



Esta estória lhe parece familiar? Talvez você tenha ouvi­do algo semelhante de um amigo, ou talvez você mesmo tenha vivido isso. Como em muitos namoros, Jamie e Troy se torna­ram íntimos com pouco, ou mesmo nenhum, pensamento so­bre compromisso ou como seriam afetados quando terminas­sem. Podemos por a culpa no Troy por ter sido um canalha, mas façamos uma pergunta a nós mesmos. Qual é a idéia prin­cipal na maioria dos namoros? Geralmente o namoro estimula a intimidade pela própria intimidade - duas pessoas se aproxi­mam sem nenhuma real intenção de um compromisso de lon­go prazo.

Intimidade que se aprofunda sem a definição de um ní­vel de compromisso é nitidamente perigoso. É como escalar uma montanha com uma parceira sem saber se ela quer a res­ponsabilidade de segurar a sua corda. Um relacionamento íntimo é uma experiência linda que Deus deseja que experimentemos. Mas ele fez com que a reali­zação advinda da intimidade fosse um sub-produto do amor baseado no compromisso.

Para o cristão este desvio negativo está na raiz dos pro­blemas do namoro. A intimidade sem compromisso desperta desejos - emocionais e físicos - que nenhum dos dois pode sa­tisfazer se agirem corretamente. Em I Tessalonicenses 4:6 a Bíblia chama isso de “defraudar”, em outras palavras, roubar alguém ao criar expectativas mas não satisfazendo o que foi prometido.


Intimidade sem compromisso, semelhante à cobertura sem o bolo, pode ser gostoso, mas no final passamos mal.


2. O namoro tende a pular a fase da “amizade” de um relacionamento.


A vantagem de se iniciar uma amizade antes do namoro é que em uma amizade verdadeira você não se sente pressionado saben­do que gosta da outra pessoa, ou que ela gosta de você. Você se sente livre para ser você mesmo e fazer as coisas juntos sem gastar três horas na frente do espelho, assegurando-se de que você esteja perfeita.

No namoro, a atração romântica geralmente é a base do relacionamento. A premissa do namoro é: “Eu estou atraído por você; então vamos nos conhecer melhor”. A premissa da amizade, por outro lado, é: “Nós estamos interessados nas mesmas coisas; vamos curtir estes interesses comuns juntos”. Se após o desenvolvimento de uma amizade, a atração romântica aparece, então é um ponto a mais.

Ter intimidade sem compromisso é defraudar. Intimida­de sem amizade é superficial. Um relacionamento baseado somente na atração física e nos sentimentos românticos apenas durará enquanto durarem os sentimentos.


3. O namoro geralmente confunde relacionamento físico com amor.


Quando consideramos que a nossa cultura como um todo entende as palavras “amor” e “sexo” como sinônimas, não de­veríamos ficar surpresos que muitos relacionamentos confun­dem atração física e intimidade sexual com verdadeiro amor. Lamentavelmente, muitos namoros cristãos refletem esta falsa noção.

Quando examinamos o progresso da maioria dos rela­cionamentos, nós podemos ver claramente como o namoro promove esta substituição. Primeiro, como já ressaltamos antes, o namoro nem sempre leva a compromissos duradou­ros por toda a vida. Por esta razão, muitos namoros come­çam com a atração física; a atitude que está por trás disso é que os valores mais importantes vem da aparência física e da maneira como o parceiro se comporta. Mesmo antes que um seja dado, o aspecto físico e sensual do relacionamento assumiu a prioridade.

Deus exige pureza sexual. E Ele faz isso para o nosso próprio bem. Envolvi­mento físico pode distorcer a perspectiva de cada um dos namora­dos e levá-los a decisões erradas. Deus também sabe que levare­mos as memórias de nosso envolvimento físico do passado para o casamento. 

4. O  namoro  geralmente  isola  o  casal  de  outros relacionamentos vitais



Pela própria definição, o namoro é basicamente duas pes­soas com o foco uma na outra. Infelizmente, na maioria dos casos o resto do mundo vira um pano de fundo esmaecido. Se você já fez o papel de “vela” ao sair com um casal de amigos que estão namorando, você sabe como isso é verdade.

De todos os problemas referentes ao namoro, este é pro­vavelmente o mais fácil de se resolver. Ainda assim os cristãos precisam levá-lo a sério. Por que? Primeiro, porque quando permitimos que um relacionamento exclua os outros, estamos perdendo a perspectiva. Em Provérbios 15:22 lemos: “Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos con­selheiros, há bom êxito”. Se tomamos as decisões da nossa vida baseados unicamente na influência de um relacionamento, pro­vavelmente estaremos fazendo julgamentos limitados.

É claro que cometemos este mesmo erro em muitos ou­tros relacionamentos não-românticos. Mas nos deparamos com este problema mais frequentemente no namoro, pois envolve nosso coração e emoções. E como o namoro focaliza os planos do casal, assuntos fundamentais relacionados ao casamento, família e fé estão arriscados.

Talvez você tenha feito algo semelhante. Ou talvez co­nhece a dor e frustração de ser deixado de lado por causa de um namorado ou namorada. A atenção exclusiva normalmen­te esperada em um namoro tem a tendência de roubar dos dois a paixão pelo serviço na igreja e de isolá-los dos amigos que mais os amam, dos familiares que mais os conhecem, e, o mais triste, até de Deus, cuja vontade é, de longe, mais importante  que qualquer interesse romântico."

Este post foi retirado do Livro: Eu disse adeus ao namoro- Joshua Harris.